A Associação Chapecoense de Futebol completa 50 anos. Veio ao mundo no dia 10 de maio de 1973. Este livro é, principalmente, uma singela homenagem do autor para o cinquentenário da Chape. Cinquenta anos n&atil
Conhecido pela defesa do imaterialismo, o filósofo irlandês George Berkeley (1685-1753) fez importantes contribuições para várias áreas fundamentais da filosofia (metafísica, filosofia da c
Luiz César de Sá se interroga neste livro sobre as técnicas letradas na base do funcionamento de querelas da França dos séculos XVI e XVII. Os métodos empregados na análise de escritos
Os estudos aqui reunidos demonstram as tantas possibilidades analíticas que se abrem quando observados os casos de escândalo nas artes e nas letras brasileiras. Por diferentes caminhos, as situações estudad
Os estudos aqui reunidos demonstram as tantas possibilidades analíticas que se abrem quando observados os casos de escândalo nas artes e nas letras brasileiras. Por diferentes caminhos, as situações estudadas f
Por mais familiares que os termos estampados no titulo deste ensaio possam parecer, atestam a grande distância que nos separa de um passado em que a conveniência necessária entre as palavras e as coisas estava exposta
A produção literária, cultural e artística entre 1890-1920 reunida sob o termo “Belle Époque” é representada na historiografia com um pálido traço que sugere transi&cced
Em Mito e literatura, o leitor encontrará essencialmente cinco aulas de hermenêutica. Na verdade, são autênticas master classes, dedicadas a cinco obras da literatura latino-americana do século XX que seg
Organizadoras: Michele Domingos Schneider, Almerinda Tereza Bianca Bez Batti Dias, Elisa Netto Zanette Cada vez mais frequentes no âmbito educacional, os debates e as reflexões têm enfatizado a necessidade de implementar formas de ensino diferenciadas, na busca de melhores estratégias que atendam a contextos sociais e profissionais emergentes. As metodologias ativas no ensino superior se caracterizam como estratégias que possibilitam o protagonismo dos estudantes na elaboração do conhecimento, do desenvolvimento de competências e na sua efetiva aprendizagem, com a mediação de docentes, que buscam inovas no processo de ensino. Na contemporaneidade, essas metodologias são potencializadas pelo uso de tecnologias digitais que ampliam as formas de comunicação, interação e socialização entre os envolvidos no processo educativo. Este livro apresenta uma coletânea de resultados de pesquisas empíricas e cientificas de autores, integrantes de grupos de pesquisa, envolvidos no estudo das possibilidades pedagógicas de uso de tecnologias digitais e metodologias ativas na educação. Inclui a investigação sobre as percepções da docências e experiências de ensino acerca da utilização de metodologias de aprendizagem ativas no ensino superior como alternativas para o processo de ensino e aprendizagem.
Ano da edição: 2023 Organizadores: Cristiani Fontanela, Tuana Paula Lavall e Andréa de Almeida Leite Marocco. ISBN: 978-85-7897-344-5 Páginas: 226 It all started twenty-five years ago. When Fapesc emerged, the 2000s were nothing but an unclear future that inspired fear with all of the turn of the millennium symbology. The state’s technology ecosystem was still incipient, development notices for this purpose from specific agencies were non-existent, and innovation was a common word only in academic circles. It was a long, winding road to get to where we are now. We recovered every aspect regarding contributions that the ecosystem received from other departments, such as the Acafe System, Sebrae, the Certi Foundation, Facisc, Fiesc and business organizations. And how the ecosystem also went in the opposite direction, making a direct impact on the daily lives of universities, institutes and public agencies, as well as on the industry of Santa Catarina. This book also shows how the ecosystem made national and international connections, how we evolved with the passing years, and how this led to the Pact for Innovation, to Intellectual Property assets and to the consolidation of the state of Santa Catarina as a reference in STI.
Ano da edição: 2021 Autores: Júlio César Zilli , Valdir Scarduelli Neto, Fernando Locks Machado, Janini Cunha de Borba ISBN: 978-65-88029-21-3 Páginas: 114 O e-book “Do Sul Catarinense (AMREC) para o Mundo: Exportação de Práticas e Soluções Inovadoras” preenche uma lacuna importante ao propor suprir as carências de conhecimento do participante do universo internacional ao mesmo tempo em que facilita o acesso às estratégias de gestão e competitividade. A louvável iniciativa de reunir em um e-book os resultados da pesquisa realizada em quarenta e sete empresas exportadoras da região carbonífera do estado de Santa Catarina pelo Grupo de Pesquisa Gestão e Estratégia em Negócios Internacionais - GENINT da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), permite apresentar não somente proposições teóricas e aplicadas sobre as estratégicas de gestão e competitividade em negócios internacionais, mas também o conhecimento de quem precisa renovar constantemente a forma de inserção em um mundo competitivo.
Ano da edição: 2022 Organizadores: Saulo Gomes Thimóteo; Valdir Prigol ISBN: 978-65-88029-64-0 Páginas: 180 Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível que lhe deres: Trouxeste a chave? “Procura da poesia” Carlos Drummond de Andrade
Ano de edição: 2025 Organizadores: Antonio Marcos Myskiw, Carlos Alberto Gianotti, Rosane Natalina Meneghetti e Valdir Prigol ISBN: 978-85-7897-377-3 Páginas: 295 As ideias iniciais deste livro contendo a trajetória histórica de dezenas de editoras universitárias atreladas a universidades públicas e comunitárias situadas nos três estados do sul do Brasil foram gestadas durante o encontro da Regional Sul da ABEU, organizado pela Editora Unila, com apoio da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu/PR, nos primeiros dias de abril de 2024. A conferência de abertura do encontro foi proferida pela professora Leilah Santiago Bufrem, tendo como tema de seu pronunciamento a história das editoras universitárias no Brasil. Com o término da conferência e a abertura para intervenções daqueles que a acompanharam (presencialmente e de forma remota), a trajetória de várias editoras universitárias somaram-se à história narrada por Leilah que, durante os diálogos pós-conferência, se propôs a contribuir para com a escrita de uma obra coletiva contendo histórias e memórias de outras editoras universitárias. A ideia ganhou muitos adeptos. Ao longo de alguns meses, o projeto do livro tomou forma num diálogo cruzado entre os organizadores e as editoras universitárias da Regional Sul da ABEU. Entendemos que deveríamos ir além de uma obra contendo apenas a história das editoras. Propusemos como desafio às editoras e suas equipes a escrita de ensaios em torno de alguns temas que se ligam à prática cotidiana das editoras ou impactam-nas de forma direta ou indireta, que constam na segunda parte do livro.
Ano de edição: 2019 Organizadores: Ricardo Luiz de Bittencourt; Gislene Camargo ISBN: 978-85-7897-322-3 Páginas: 133 A Educação a Distância (EaD) é uma das alternativas encontradas pelo Estado brasileiro para expandir a matrícula na Educação Superior e atender a necessidade de formar professores em nível superior. As primeiras iniciativas de formação de professores em nível superior na modalidade a distância foram assumidas inicialmente pelas universidades públicas e, posteriormente, as universidades privadas perceberam uma lacuna de formação e entraram com toda força nesse “nicho de mercado”. Após quase duas décadas de implementação dessa política de formação de professores é preciso refletir sobre os efeitos dessa modalidade de ensino ainda em forte expansão no Brasil. Assim, a proposta deste livro é a de proporcionar aos leitores a reflexão sobre como esses professores recém-formados a distância estão chegando às escolas. Tomam-se como ponto de partida, para provocar as reflexões, as percepções dos gestores escolares.
Ano da edição: 2023 Organizadores: Reginaldo Pereira, Andréa de Almeida Leite Marocco and Jaqueline Kelli Percio. ISBN: 978-85-7897-348-3 Páginas: 174 It all started twenty-five years ago. When Fapesc emerged, the 2000s were nothing but an unclear future that inspired fear with all of the turn of the millennium symbology. The state’s technology ecosystem was still incipient, development notices for this purpose from specific agencies were non-existent, and innovation was a common word only in academic circles. It was a long, winding road to get to where we are now. We recovered every aspect regarding contributions that the ecosystem received from other departments, such as the Acafe System, Sebrae, the Certi Foundation, Facisc, Fiesc and business organizations. And how the ecosystem also went in the opposite direction, making a direct impact on the daily lives of universities, institutes and public agencies, as well as on the industry of Santa Catarina. This book also shows how the ecosystem made national and international connections, how we evolved with the passing years, and how this led to the Pact for Innovation, to Intellectual Property assets and to the consolidation of the state of Santa Catarina as a reference in STI.
Em homenagem a Santo Ivo, considerado pela Igreja Católica o “padroeiro dos advogados”, ou “advogado dos pobres”, no dia 19 de maio comemora-se o Dia do Acadêmico de Direito. A Argos Editora da Unochapecó oferece 40% de desconto nos livros da área. Promoção válida até 22 de maio na Loja Virtual da Argos <www.unochapeco.edu.br/argos> e na Livraria Universitária. Boa leitura!
A Editora Argos esteve presente na 3º Edição da Feira do Livro, juntamente com a Livraria Universitária, divulgando e vendendo suas obras. Cerca de 30 mil pessoas passaram pela Feira este ano e puderam conhecer o estande da Argos e conferir todas as novidades, lançamentos e obras regionais. Representando a Editora Argos, no 2º dia de Feira aconteceu o lançamento da obra “Artes: criatividade e tecnologias”, e-book organizado pelas professoras Márcia Moreno e Diana Rodrigues. A obra aborda pesquisas nas áreas de linguagem da fotografia, processos híbridos, arte, animação, interfaces e multimeios. Os cenários enfatizados na obra foram os das artes, do design gráfico, da ilustração, do design de moda, da fotografia, da multimídia e da criação digital interativa.Para conferir as fotos do evento, clique aqui.
A Editora Argos já está na segunda edição impressa de “Os sinos se dobram por Alfredo”. Este livro, de Paulino Eidt, tem como propósito expor a trama de relações culturais, econômicas e sociais que teceram a vida dos alemães no extremo-oeste de Santa Catarina. Através de um personagem fictício, o livro mostra importantes fatos históricos da colonização alemã, retratando uma sociedade do século XX.A obra foi reconstruída por meio da criação de um personagem fictício, o Alfredo, e através de documentos, biografias e outras fontes de pesquisa este personagem foi inserido aos acontecimentos reais da época. Alfredo testemunha todos os dramas e tensões em um estilo narrativo que mistura ciência e literatura, história, poesia, ficção e realidade.Paulino soube, com elegância, combinar estilos diferentes para descrever os sabores das necessidades, as sensibilidades cerceadas pela falta de “oxigenação cultural”, a exigência ética em práticas altruístas e a tensão dramática, uma espécie de mistério entre o sofrimento e a exaltação, em um retrato humanizado.A obra está em sua segunda edição impressa, revisada e atualizada. Confira a obra em nosso site: http://http://www.editoraargos.com.br/Sobre o autor Paulino Eidt possui graduação em História (1986) pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí) e licenciatura em Geografia (1990) pela Universidade de Passo Fundo (UPF). É mestre em Educação (1998) e doutor em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Atua como professor de Rede Pública de Ensino de Santa Catarina desde 1984 e exerce docência no Programa de Mestrado em Educação da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc).
João Cezar de Castro Rocha, autor de “Leituras desauratizadas: tempos precários, ensaios provisórios”, e organizador da obra, Valdir Prigol, participarão do lançamento do livro em duas ocasiões. Serão dois eventos, nos dias 6 e 7 de dezembro. No dia 6 as 19 horas, o evento ocorrerá no Auditório do Bloco G na Unochapecó, apresentando a palestra com o tema “Contribuições da crítica literária para a leitura do presente”. Já no dia 7, também as 19 horas, o evento será realizado na UFFS, juntamente com a feira de livros que acontece no local. Os eventos fazem parte da Semana Acadêmica dos cursos de Letras das instituições, o que proporciona um envolvimento muito maior por partes dos alunos no tema do livro e de seus cursos, pois podem socializar com o autor sobre o novo livro e suas publicações anteriores. Sobre o autor João Cezar possui graduação em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1992) e mestrado em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1994). Em 1997, concluiu o doutorado em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1997), defendendo a tese “Ao pé-da-letra: a literatura do homem cordial”, orientada pela profa. Dra. Maria Helena Rouanet. Em 2002, completou seu segundo doutorado, em Literatura Comparada, pela Stanford University (2002), com a tese “Marinetti goes to South America: confrontos e diálogos do futurismo na América do Sul”, orientada pelo Prof. Dr. Hans Ulrich Gumbrecht. Em 2005-2006 realizou pós-doutorado na Freie Universität, Berlim, orientado pelo Prof. Dr. Joachim Küpper. Pesquisou estratégias de apropriação cultural, com destaque para as obras de Oswald de Andrade e Fernando Ortiz. Contou com Bolsa de Pesquisa concedida pela Fundação Alexander von Humboldt. Atualmente é assessor ad hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e participa do Conselho Consultivo de várias revistas especializadas no Brasil e no exterior. Presidente da Associação Brasileira de Literatura Comparada (Abralic), eleito para o biênio 2016-2017. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Brasileira e Literatura Comparada, atuando principalmente nos seguintes temas: literatura brasileira, literatura comparada, cultura brasileira, crítica literária, teoria literária, dependência cultural e estratégias de apropriação cultural. Autor de 12 livros, editor de mais de vinte e coautor de uma obra em francês, também, atualmente, é colunista da revista Veja. Sobre o organizador Valdir Prigol, organizador da obra, é graduado em Letras pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (1996), mestrado em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo (1999) e doutorado em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina (2003). Atualmente tem dedicação exclusiva na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Teoria Literária, atuando principalmente nos seguintes temas: as metáforas de leitura da crítica, literatura do presente e formação de leitores. Coordena o grupo de pesquisa Trânsitos Literários. Participa do grupo de pesquisa Linguagem, discurso e subjetividade e do Laboratório Fronteiras. É professor do curso de Letras e do mestrado em Estudos Linguísticos da UFFS. Publicou os livros “Leituras do presente: narrativas da comemoração no Mais! da Folha de São Paulo” e “Como encontrar-se e outras experiências através da leitura de textos literários”. Organizou o livro “Por uma esquizofrenia produtiva: da prática à teoria”, de João Cezar de Castro Rocha.
A 5ª Festa do Livro da Argos, realizada nos dias 19 e 20 de novembro, na Unochapecó, foi um sucesso. Alunos, professores, técnicos e público externo aproveitaram e adquiriram várias obras do catálogo da Argos com descontos de até 70%.Para aqueles que não conseguiram participar, temos uma ótima notícia: a Festa do Livro continua na Loja Virtual da Argos com os mesmos descontos nos títulos da Argos até o dia 29 de novembro (www.editoraargos.com.br).
A Argos inicia nesta quinta-feira, 16 de novembro, a Promoção de Natal antecipada, pensando na comodidade e no seu bem-estar. A promoção foi lançada para haver a antecipação da compra do tão esperado presente de Natal, pensada justamente para não se esperar até próximo à data, a fim de evitar transtornos. Com desconto de até 70% em todos os livros do catálogo, a promoção encerra no dia 8 de dezembro. As compras poderão ser feitas através do site <www.editoraargos.com.br> ou da Livraria Universitária da Unochapecó.
O livro “Disputas e ocupação do espaço no oeste catarinense: a atuação da companhia territorial Sul Brasil”, de autoria do professor Alceu Antônio Werlang, publicado pela Editora Argos da Unochapecó, em belíssimo formato, é mais uma excelente contribuição para o entendimento da História do oeste de Santa Catarina. Felizmente com a publicação desta obra a comunidade regional e acadêmica tem acesso a um texto de leitura agradável e de fácil compreensão, o que se constitui num grande mérito do autor.Nos últimos anos várias pesquisas de interpretação da experiência histórica do oeste catarinense vêm permitindo que se tenha um entendimento cada vez mais abrangente desta parte do Estado, visto que obras tradicionais da nossa historiografia não lhe deram a merecida atenção. Alceu Werlang está entre os “pioneiros” da pesquisa sobre o assunto da colonização regional e, também por isso, a publicação fez justiça a este trabalho de pesquisa.Da mesma forma a questão agrária do país talvez nunca tenha chamado tanto a atenção dos estudiosos quanto nas últimas duas décadas, uma vez que as grandes contradições que a envolve vêm sendo colocadas cada vez mais em evidência, em especial pela emergência e crescimento do Movimento dos Sem Terra. Nessa perspectiva, as diferentes problematizações que direcionam as reflexões sobre o assunto tornam-se de fundamental importância, pois favorecem sua compreensão e, quiçá, o encaminhamento de soluções desse histórico problema.A temática da colonização regional realmente deve merecer a atenção dos estudiosos, visto que a partir dela, nesses cem anos, a história desse espaço mudou radicalmente. Por mais que alguém possa afirmar que o assunto da colonização tenha sido tratado por vários pesquisadores, cada historiador ou estudioso lança seu olhar e é atraído por peculiaridades que na maioria das vezes passam despercebidas por outros. A abordagem apresentada neste livro é um desses olhares, cujo tema é abordado a partir da atuação de uma companhia colonizadora.Em especial entre 1920 a 1970, diversas companhias colonizadoras dirigiram e impulsionaram o processo de apropriação privada da terra em todo o grande oeste de Santa Catarina. Várias delas, de diferentes formas, conseguiram grandes concessões de terras feitas pelo poder público estadual, ou em troca da realização de serviços como os de abertura de estradas ou, ainda, foram adquiridas a baixos preços. Tendo o controle dessas áreas, de maneira bastante semelhante, as empresas as subdividiram em pequenos lotes destinados à agricultura familiar e vendidos aos colonos provenientes, em sua maioria, das antigas colônias do Rio Grande do Sul.Entender a construção e reconstrução cultural e socioeconômica decorrente desse processo é imprescindível a quem está atento e busca a solução dos problemas e o desenvolvimento regional. Nessa perspectiva, o livro de Werlang tem um significado importante, pois contribui para tal entendimento. Isso porque a apropriação privada da terra na região está inserida num contexto histórico específico, no qual, tanto as autoridades quanto a intelectualidade, estaduais e brasileiras, discutiam e apontavam a necessidade da ocupação efetiva de todas as áreas consideradas desocupadas do chamado sertão brasileiro.As disputas pela ocupação do espaço sempre foram marcantes na história brasileira. Mesmo antes da chegada oficial dos portugueses ao Brasil já se estabeleceu uma primeira linha demarcatória do território, a Linha de Tordesilhas, que dividia a América entre a Espanha e Portugal. Mas logo no início da colonização portuguesa se estabeleceu o sistema de sesmarias, o qual perdurou por todo o período colonial. Por ele as autoridades portuguesas faziam concessões de grandes áreas de terra aos “amigos da corte”. Essa prática favoreceu o surgimento de grandes latifúndios que, grosso modo, persistem até os dias atuais.No Sul do Brasil constituem-se em exemplos de propriedades latifundiárias, constituídas nesse período, muitas das situadas nas regiões de abrangência de criação de gado e dos caminhos de tropas. Esse processo de controle da terra se intensificou após a independência quando se adotou no país o regime de posses. Por ele era considerado dono aquele que demonstrasse ter o controle, pela posse, de determinada área. Essa sistemática também gerou uma série de problemas, visto que muitos procuravam avançar seus domínios a novas regiões, e logo foi substituída pela propriedade privada, estabelecida pela conhecida Lei de Terras de 1850. Essa lei estabelecia que a definição da propriedade privada da terra ocorria pela aquisição e escrituração do terreno. Nessas diferentes formas de controle da terra, mas em especial a partir dessa última, os povos indígenas e caboclos tiveram grandes dificuldades de manter o controle das terras que historicamente utilizavam, por não possuírem a mentalidade da propriedade privada. Na disputa com os colonizadores ficaram em ampla desvantagem e, se não do ponto de vista legal, mas do ético, construiu-se uma grande injustiça histórica com esses povos. A justificação utilizada na época era de que eles seriam incapazes de dar conta do propósito defendido pela intelectualidade e pelas autoridades, de fazer avançar o progresso e a civilização no sertão.Em “Disputas e ocupação do espaço no oeste catarinense”, o leitor terá uma contextualização desse processo na região, especialmente na passagem do século XIX para o seguinte, período de disputas de divisas internacionais e interestaduais. Faz isso no intuito de evidenciar a grande corrida pela apropriação privada das terras consideradas devolutas. Nessa perspectiva, várias companhias colonizadoras, entre outros artifícios utilizados, fizeram uso da influência política de alguns de seus sócios, que, também beneficiários dessa apropriação, passaram a controlar grande parte das terras, por todo o oeste catarinense e, na sequência, procederam a sua venda.O avanço do processo de colonização gerou inúmeros problemas com as populações estabelecidas, indígenas e luso-brasileiras, marcando para sempre sua história, visto que elas foram excluídas do acesso a terra e, em geral, passaram a viver à margem da sociedade. Essa prática lembra, em sentido inverso, o caso analisado por Elias e Scotson (2000), que, ao estudar uma comunidade inglesa, em meados do século XX, mostraram como os estabelecidos de uma determinada aldeia se relacionavam com o grupo que nela havia chegado mais tarde, os outsiders ou os forasteiros. Por serem estranhos ao lugar, os estabelecidos entendiam que os de fora teriam menos direitos de cidadania na vida local. No jogo de poder cotidiano cada grupo se sentia julgado como diferente pelo outro. Na região estudada por Alceu Werlang, observa-se que esse jogo de poder teve na luta pela ocupação da terra o fio condutor. O fato de os indígenas e caboclos, em geral, possuírem o entendimento de que a terra tinha o valor de uso, e não comercial, favoreceu aos “forasteiros” se imporem aos estabelecidos. Com isso, os “estranhos” passaram a ser os que tradicionalmente habitavam as terras e os que vieram de fora se sentiam possuidores dos hábitos superiores da civilização e amparados pelas leis. Por isso, viam como legítima a ação de conquista da terra.O livro de Werlang coloca em evidência justamente o papel que as empresas colonizadoras desenvolveram nesse processo, em particular a Companhia Territorial Sul Brasil, mostrando que elas, ao se apropriarem das terras, redesenharam o espaço e interferiram profundamente na reocupação regional. As várias empresas que atuaram no antigo município de Chapecó, na primeira metade do século XX, mereceram atenção neste livro, mas pelo estudo específico da Sul Brasil se evidencia a forma de atuação dessas empresas. Os procedimentos adotados pela Sul Brasil, não apenas para consolidar o controle sobre a terra, mas principalmente para atrair os colonizadores, demonstram uma prática de dezenas de companhias colonizadoras que atuaram do vale do rio do Peixe até o extremo oeste catarinense.Nos capítulos de “Disputas e ocupação do espaço no oeste catarinense” o leitor encontrará uma fundamentação da trajetória histórica de definição de limites e da conquista privada da terra no oeste. O estudo feito a partir da análise da atuação de uma Companhia demonstra como pela influência e troca de favores políticos as empresas se apropriaram das terras e a partir disso promoveram a colonização. Fazer avançar a colonização era a forma para facilitar a comercialização das terras.O autor também evidenciou que, ao menos nas décadas iniciais desse processo, os colonizadores, principalmente teuto-russos e ítalo e teuto-brasileiros, em sua maioria procedente das antigas colônias do Rio Grande do Sul, enfrentaram diversas dificuldades, em especial relacionadas à falta de mercado para os produtos agrícolas.É preciso salientar também a utilização de fotografias que, além de enriquecer a análise desenvolvida, constituem-se em belas ilustrações do livro. De outra parte, também enriquece sobremaneira esta obra os diversos depoimentos orais de várias pessoas que protagonizaram o processo de colonização, pelos quais se evidenciam as tensões entre os diferentes grupos nele envolvidos.Esse estudo, mesmo se referindo à Companhia Territorial Sul Brasil, torna-se emblemático para entender a atuação das diversas companhias colonizadoras no Brasil meridional e, por conseguinte, da própria colonização.A sensibilidade do professor Alceu Werlang para tratar dessas questões confere ao livro um significado especial e permite um melhor entendimento da história do oeste, além de colocá-lo entre os pesquisadores dos temas afetos à região. Por isso, a sugestão da leitura de Disputas e ocupação do espaço no oeste catarinense.Prof. José Carlos RadinProfessor da Unoesc JoaçabaDoutor em História pela UFSC
A Editora Argos estará presente na segunda edição da Feira do Livro Chapecó, realizada pela Unochapecó e Secretaria de Cultura de Chapecó. A feira será realizada entre os dias 1º e 6 de outubro no Centro de Eventos Plínio Arlindo de Nes.No evento vai ocorrer uma palestra com o escritor João Cezar de Castro Rocha, professor de Literatura Comparada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, autor de 11 livros e organizador de mais de vinte títulos, alguns deles publicados pela Argos. Também haverá diversas exposições, como de cinema, teatro, cotação de histórias, lançamentos de livros, sessões de autógrafo, debates e palestras em diferentes áreas e atrações artísticas.A Editora Argos e a Livraria Universitária confirmam presença em todos os dias do evento, trazendo amostras de seu catálogo com suas mais recentes obras literárias para venda e divulgação.