A Associação Chapecoense de Futebol completa 50 anos. Veio ao mundo no dia 10 de maio de 1973. Este livro é, principalmente, uma singela homenagem do autor para o cinquentenário da Chape. Cinquenta anos n&atil
Conhecido pela defesa do imaterialismo, o filósofo irlandês George Berkeley (1685-1753) fez importantes contribuições para várias áreas fundamentais da filosofia (metafísica, filosofia da c
Luiz César de Sá se interroga neste livro sobre as técnicas letradas na base do funcionamento de querelas da França dos séculos XVI e XVII. Os métodos empregados na análise de escritos
Os estudos aqui reunidos demonstram as tantas possibilidades analíticas que se abrem quando observados os casos de escândalo nas artes e nas letras brasileiras. Por diferentes caminhos, as situações estudad
Os estudos aqui reunidos demonstram as tantas possibilidades analíticas que se abrem quando observados os casos de escândalo nas artes e nas letras brasileiras. Por diferentes caminhos, as situações estudadas f
Por mais familiares que os termos estampados no titulo deste ensaio possam parecer, atestam a grande distância que nos separa de um passado em que a conveniência necessária entre as palavras e as coisas estava exposta
A produção literária, cultural e artística entre 1890-1920 reunida sob o termo “Belle Époque” é representada na historiografia com um pálido traço que sugere transi&cced
Em Mito e literatura, o leitor encontrará essencialmente cinco aulas de hermenêutica. Na verdade, são autênticas master classes, dedicadas a cinco obras da literatura latino-americana do século XX que seg
Ano da edição: 2022 Organizadores: Saulo Gomes Thimóteo; Valdir Prigol ISBN: 978-65-88029-64-0 Páginas: 180 Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível que lhe deres: Trouxeste a chave? “Procura da poesia” Carlos Drummond de Andrade
Ano da edição: 2023 Organizadores: Sady Mazzioni e Larissa de Lima Trindade (Orgs.) ISBN: 978-85-7897-345-2 Páginas: 371 A sustentabilidade tem sido um tema amplamente discutido, mas que carece de muitos estudos e aprofundamentos, em virtude da complexidade deste fenômeno, que envolve vários atores sociais, agentes e suas respectivas intencionalidades e concepções. No campo empresarial, a adoção de práticas sustentáveis por uma empresa, além de proporcionar benefícios para o seu ecossistema, também valoriza sua imagem perante os consumidores e interfere diretamente no financiamento de seus recursos. Mercado, investidores, clientes e agentes financeiros têm, cada vez mais, buscado priorizar empresas que investem na responsabilidade socioambiental. Esta obra reúne 16 cases de sucesso de boas práticas de sustentabilidade, combinando aspectos sociais, ambientais e econômicos, os quais foram separados e premiados em quatro grandes segmentos: i) entidades sem finalidade econômica; ii) micro e pequenas empresas; iii) médias empresas; e iv) grandes empresas.
Ano da edição: 2023 Organizador(a): Carine Vendruscolo ISBN: 978-85-9787-336-0 Páginas: 354 A presente obra, em seus 17 capítulos, organizados em duas seções, apresenta subsídios para reflexões e diálogos sobre promoção da saúde e prevenção de agravos, à luz de vivências e estudos da área da Enfermagem em diferentes cenários de atuação da APS. Os estudos compilados junto ao Grupo de Pesquisa da Universidade do Estado de Santa Catarina – Laboratório de Inovação e Tecnologias para a Gestão do Cuidado e Educação Permanente em Saúde (LABIGEPS/UDESC) nos possibilitam analisar essa temática sob diferentes prismas dentro da Enfermagem e o quanto, por vezes, os profissionais da saúde, em especial da Enfermagem, são capturados por formas e processos de trabalhos que não condizem com as prerrogativas do modelo de atenção preconizado pelo SUS. Os textos nos convidam a reavaliar nossas práticas de promoção da saúde e prevenção de agravos, entre elas, o da P4, a qual amplia a lógica do modelo processual em muitos espaços ainda vigente, logo, nos possibilita refletir sobre o processo de trabalho na APS a fim de fortalecer o SUS, pois precisamos sempre lembrar que o SUS somos nós! Logo, a efetivação desse sistema depende de todos(as) nós, enquanto cidadãos e cidadãs, independentemente dos espaços que estamos ocupando ora como usuários, ora como profissionais, ora no ensino, ora como gestores desse sistema.
Ano da edição: 2024 Organizadores: Aline Mânica, Andreia de Almeida Leite Marocco, Ivo Dickmann, Vanessa daSilva Corralo ISBN: 978-85-7897-371-1 Páginas: 123 O conhecimento científico tem a função acadêmica de ampliar e aprofundar as áreas de pesquisa e de transformar a sociedade, contribuindo para a qualidade de vida das pessoas. Toda vez que pesquisamos sobre um tema buscamos contribuir para encontrar respostas que vão acabar com a dor de uma pessoa, de um coletivo ou da sociedade em geral. É para isso que fazemos pesquisa, desde a iniciação científica até o pós-doutorado, para encontrar respostas aos problemas sociais e ambientais do local e da região que estamos inseridos. Isso ganha ainda mais intensidade quando produzimos conhecimento científico dentro de uma universidade comunitária, que tem uma ligação umbilical com a região, no nosso caso da Unochapecó, com a Região Oeste de Santa Catarina – além de contribuir com as regiões de fronteira com o estado do Rio Grande do Sul e do Paraná.
Ano da edição: 2020 Organizadores: Mirian Carbonera e André Luiz Onghero ISBN: 978-65-88029-01-5 Páginas: 173 Esta é uma obra de comemoração. Passados 50 anos desde que a Unochapecó abriu suas portas à comunidade regional, nacional e internacional pela primeira vez, há muito que comemorar. Documentário fotográfico testemunha a população desfilando pelas ruas de Chapecó, acalentando na alma um sonho. Com certeza, esse sonho era muito maior do que coubesse na mais criativa e fértil imaginação. Mas foi aí então que caiu ao solo a primeira semente que geraria o que se denominou Fundeste, depois Unoesc e, finalmente, Unochapecó. A semente caiu em terreno fértil: a comunidade regional soube, ao longo de 50 anos, cultivar a frondosa árvore que brotou dessa pequena semente. Soube cultivá-la e os frutos não tardaram. Já são milhares e milhares de cidadãos de toda esta região e de tantas outras que colheram sazonados frutos que os colocaram em outro patamar da vida, pelo conhecimento, pela ciência, pela técnica, pela ética, pelos valores, pela responsabilidade, pela cidadania, pelo respeito e, acima de tudo, pelo amor com que esta bela instituição os marcou indelevelmente. Celebrar os 50 anos da Unochapecó é celebrar vidas humanas: autoridades históricas que acreditaram no que estavam fazendo, e o fizeram com devoção; gerações de professores que por aqui aportaram e aportam e semearam a mancheia seus conhecimentos, seu amor e seu carinho, gerações de técnicos administrativos, levas e levas de discentes, inumeráveis famílias que, tantas vezes, com sacrifício, apostaram no investimento que fizeram e fazem na Unochapecó. A Unochapecó é um tesouro que merece toda nossa afeição, dedicação e cuidado. Nasceu e cresceu democrática, de espírito aberto, plural, dialógica, comunitária até o âmago de sua alma. Basta ler seus projetos instituintes para constatar que a abertura, a pluralidade, o espírito democrático transborda no mais genuíno senso comunitário. Com certeza, as gerações mais provectas e as novas não pretendem abrir mão de tão alevantado legado. Ad multos annos, Unochapecó! Longa vida!
Ano da edição: 2024 Organizadores: Daniela Leal, Marilandi Maria Mascarello Vieira, Odilon Luiz Poli ISBN: 978-85-7897-367-4 Páginas: 331 Diante de uma sociedade cada vez mais imediatista e capitalista, refletir sobre a educação como processo de formação humana exige de nós educadores, acima de tudo, repensar as tradições teóricas e filosóficas presentes em nossas práticas cotidianas, especialmente em relação à contemporaneidade, bem como recolocar em discussão as dimensões ética e política que amparam a educação em nosso país. Tal reflexão implica um esforço hermenêutico tanto para explicitar o lugar e o papel da educação, como para desvelar a prática educacional a partir das mudanças histórico-culturais da atualidade. Para tanto, a obra "Entre saberes e práticas: olhares diversos à formação humana", tem por objetivo discutir a multiplicidade de olhares que perpassam a formação humana e o caminhar pelo desenvolvimento, em todas as fases da vida e em diferentes culturas, como forma de olhar para as diversas questões sociais, culturais, políticas e econômicas que permeiam tanto os saberes quanto as práticas presentes no fazer diário da educação. Assim, convidamos vocês, leitores e leitoras, a visitarem cada capítulo desta obra e se adentrarem pelos diversos olhares sobre a formação humana.
A Guerra do Contestado é um grande marco na história catarinense e brasileira. É tema de muitos livros, teses, dissertações e artigos, além de músicas, poesias, peças de teatro, documentários e filmes. A guerra e seus personagens ainda são lembrados nos nomes de ruas, praças, edifícios, empresas, associações, museus, institutos e municípios.O livro é resultado de um projeto chamado “Contestado: desvendando os 100 anos da guerra”. Lançado em 2011, o projeto foi idealizado pelo deputado federal Pedro Uczai e realizado por instituições universitárias e culturais da região. Ao todo foram 12 subprojetos, de várias temáticas, uma delas a fotografia, que foi escolhida para revelar as memórias deste conflito.“Revelando o Contestado: as fotografias na história do centenário da guerra” é bilíngue e já está disponível em formato impresso e digital. As imagens contemporâneas foram produzidas por diferentes autores, participantes de um concurso realizado em 2014, com o objetivo de propiciar a participação da comunidade e promover a reflexão sobre a Guerra do Contestado e sua influência no presente. A maioria das imagens históricas foi produzida por Claro Gustavo Jansson, fotógrafo sueco que percorreu a região na primeira metade do século XX.O projeto contou com o patrocínio da Caixa Econômica Federal e foi executada pela Fundação Universitária do Desenvolvimento do Oeste (Fundeste), através do Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina (Ceom/Unochapecó), em parceria com a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC-Chapecó). Contou também com o apoio da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), da Universidade do Contestado (UNC), da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), do Deputado Federal Pedro Uczai e da Fundação Memória Viva do Contestado da Região do Irani.O livro tem distribuição gratuita para instituições de ensino e a versão digital será disponibilizada gratuitamente no site da Editora Argos.
Para comemorar o Dia dos Namorados, a Argos, em parceria com a Farmácia Escola e com a Livraria Universitária, realiza uma promoção especial. Ao comprar os títulos da Argos na Livraria Universitária, você ganha um cupom* com 25% de desconto na linha de perfumaria na Farmácia Escola e concorre a um kit especial que será sorteado no dia 13 de junho, às 10h, na Livraria Universitária. A promoção acontece do dia 6 a 11 de junho. O cupom com desconto é válido até o dia 30 de junho. * Um cupom por compra. / Descontos nas colônias discriminadas na Farmácia Escola.
“A danação do objeto: o museu no ensino de História”, de Francisco Régis Lopes Ramos, foi o primeiro volume da Coleção “História e Patrimônio”, organizada pelo Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina (CEOM) e publicada pela Argos Editora da Unochapecó. O pesquisador e educador Francisco Régis sempre desconfiou dos museus e procurou encontrar novas formas de compreender quais as reais intenções por trás das exposições e é isto que ele aborda nesta obra.O autor busca trazer novos pensamentos e reflexões sobre como podemos aprender com os objetos, indo além da aparência das exposições museológicas. Francisco Régis liberta os objetos dos museus de seus aprisionamentos ao “passado histórico”, trazendo-os para um contexto contemporâneo, em busca do sentido da relação entre homem e objeto, memória e história, ciência e educação.Este livro está imerso no universo dos museus e faz o leitor desbravar aquela desorganização organizada dos conteúdos expostos, entendendo o significado de suas imagens, palavras ocultas e vozes silenciadas. E em meio aos espaços onde os objetos são colocados, deslocados, arranjados e removidos o autor nos faz pensar sobre o uso que os objetos fazem de nós, os ‘espectadores’. Sobre o autorFrancisco Régis Lopes Ramos é professor titular do Departamento de História da Universidade Federal do Ceará (UFC) e pesquisador do CNPq com bolsa produtividade (nível 2). Possui graduação em História pela UFC (1992), mestrado em Sociologia pela UFC (1996) e doutorado em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2000). Tem experiência na área de História, com ênfase em História, atuando principalmente nos seguintes temas: memória, escrita da história, tempo, literatura e museu.
A obra “Entre ilustres e anônimos: a concepção de história em Machado de Assis” parte de uma questão entre relações de história e literatura. A autora do livro, Raquel Campos, professora da Faculdade de História da Universidade Federal de Goiás, conta que o interesse de estudar Assis começou com a monografia do trabalho de conclusão de curso, em que, a partir dessa premissa, interessou-se por nosso grande escritor Machado de Assis.“Então, com a inexperiência própria dos que estão começando, minha intenção era associar os dois aspectos dessa relação entre elas – o uso da literatura como documento e a questão da narratividade da história –, e foi nesse sentido que me voltei para Machado de Assis. Fazendo uso de uma expressão do próprio escritor, eu procurei mostrar que ele poderia ser visto como um ‘historiador contador de histórias’: alguém que contava a história – no caso, a história da escravidão no Brasil – de um modo distinto dos historiadores, focalizando aspectos do mundo escravista que não eram levados em conta pela historiografia de cunho econômico que tivéramos até a década de 1970”, explica a autora Raquel Campos.O tema central do livro é a história de Machado de Assis, pensada em relação à concepção de história dos historiadores do século XIX. A autora conta que teve dificuldades para acessar a coleção completa da “Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro”.“Uma das maiores dificuldades que tive foi o acesso à coleção completa da ‘Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro’, no período entre 1839 e 1908, que é o recorte da investigação. As pesquisas que estão na origem deste livro foram realizadas em 2008 e 2009, portanto em um momento em que havia pouquíssima documentação digitalizada no Brasil. E como temos um problema seriíssimo no País, que é o da raridade de boas bibliotecas, o acesso àquela coleção não foi tão fácil”, conta a autora.Para conferir a entrevista completa com a autora clique aqui.
A Argos Editora da Unochapecó lança a obra “Alimentação escolar: construindo interfaces entre saúde, educação e desenvolvimento”, das organizadoras Carla Rosane Paz Arruda Teo e Rozane Marcia Triches.O livro aborda que, no auge dos seus sessenta anos, o Programa de Alimentação Escolar, inserido no contexto do direito à alimentação, segurança alimentar e nutricional, tem sido recomendado como um dos componentes-chave para o aumento do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).A alimentação escolar tem um importante papel interdisciplinar e intersetorial, dialogando com várias perspectivas e dimensões. É nessa direção que esta obra é apresentada, buscando explicitar as interfaces que vêm sendo construídas e as que podem ser configuradas e fortalecidas a partir da alimentação escolar, especialmente com os campos da saúde, da educação e do desenvolvimento.Esta obra é o resultado das aproximações empreendidas por diferentes atores com a alimentação escolar, cada um abordando-a a partir de suas experiências e trajetórias, teóricas e práticas, o que contribui para compor um panorama ampliado da temática. Neste sentido, este esforço coletivo resulta interdisciplinar, visto que o produto que se apresenta é a síntese de um processo de convergência de saberes diversos que possibilitou, em alguma medida, superar as fronteiras que desafiam a compreensão de temas complexos, como o que dá eixo a esta obra.
Este livro é o resultado da pesquisa em documentos, leituras e encontros, trazendo diferentes olhares sobre a história da Fundação que levou o nome de Fundeste, criada em 4 de julho de 1970, com o objetivo de ofertar cursos de Ensino Superior na região. Essa trajetória levou à constituição da Unochapecó, a partir da qual foram criados o Instituto Goio-En e a Farmácia Escola. A criação se deu com o movimento de lideranças comunitárias, políticas, empresariais, estudantes e da população que ansiava e desejava o Ensino Superior na região. Daquele momento até agora são mais de 44 cursos de graduação, proporcionando à comunidade mais de 33 mil profissionais nas mais diversas áreas do conhecimento. A Fundeste, por meio de suas três mantidas – a Unochapecó, a Farmácia Escola e o Instituto Goio-En – tem proporcionado um desenvolvimento educacional e técnico da maior importância, e como o seu próprio nome sugere, tornou-se símbolo no desenvolvimento da região oeste de Santa Catarina.A Fundeste, sem sombra de dúvidas, é uma instituição planejada e construída com o trabalho de milhares de profissionais, gestores, docentes, técnicos, estudantes e pela comunidade. Cada curso, área, programa, diretoria, poderia render páginas e páginas de história, por isso, ao revisitar o passado tem-se a oportunidade de pensar nas dores e angústias vivenciadas nos momentos difíceis e desafiadores, mas, sobretudo, da alegria dos milhares de egressos que tiveram a oportunidade de transformar suas vidas após cursar o Ensino Superior, de pensar que o conhecimento é um mar de possibilidades.Pensando no melhor para vocês, neste momento, nós, da Editora Argos, disponibilizamos o livro em formato e-Book PDF para download! Para baixar é simples, entre no site da Argos (http://www.editoraargos.com.br/), clique na aba e-Books, depois na opção Grátis e realize o download. Nesta mesma página você tem outras opções de e-Books gratuitos, aproveite e escolha o melhor para você!Sobre os organizadoresAndré Luiz Onghero: graduado em História, pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC), especialista em História: Cidade, Cultura e Poder, pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), e mestre em Educação, pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Historiador do CEOM/Unochapecó. Mirian Carbonera: graduada em História, pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), especialista em Arqueologia, pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI/campus Erechim), mestre em História, pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), e doutora em Arqueologia, pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (USP). Professora do mestrado de Ciências Ambientais e coordenadora do Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina (CEOM/Unochapecó). Sobre os autoresArlene Renk: graduada em Letras, pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), mestre e doutora em Antropologia, pelo Museu Nacional, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professora titular da Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), atuando nos programas stricto sensu de Ciências Ambientais, Direito e Políticas Públicas e Dinâmicas Regionais. Claudio Alcides Jacoski: atual reitor da Unochapecó, graduado em Engenharia Civil, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), especialista em Gestão e Liderança Universitária, pela Universidade de Caxias do Sul (UCS), mestre em Engenharia Civil e doutor em Engenharia da Produção, pela UFSC. É professor da Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), atuando nos programas stricto sensu de Tecnologia e Gestão da Inovação e Contabilidade e Administração. Odilon Luiz Poli: graduado em Pedagogia, pela Fundação Universitária do Desenvolvimento do Oeste (Fundeste), mestre e doutor em Educação, pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Atuou na gestão universitária como pró-reitor de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação, vice-reitor de Graduação e reitor da Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó). Atualmente é docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis e Administração e do Programa de Pós-Graduação em Educação, ambos da Unochapecó.Silvana Winckler: graduada em Direito, pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), especialista em Direito Processual e Ciências Jurídicas, ambos pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), mestre em Direito pela UFSC e doutora em Direito pela Universidade de Barcelona. Professora Titular da Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), atuando nos programas stricto sensu de Ciências Ambientais e Direito. Vincenzo Francesco Mastrogiacomo: graduado em Engenharia Química, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS), com 40 anos de experiência no setor industrial, desenvolvendo trabalhos nas áreas de qualidade, produção e direção. Atualmente é presidente da Fundação Universitária do Desenvolvimento do Oeste (Fundeste).
Já faz algum tempo que estamos estranhando a importância exagerada que assumem o corpo e a sexualidade não só em nossas festas de carnaval, mas também no imaginário social. Nos discursos históricos sobre o povo brasileiro, mulheres sensuais e homens vorazes logo ganham destaque, especialmente quando se discute a construção da identidade nacional. Nos textos de intelectuais como Paulo Prado e Gilberto Freyre, nos anos 1920 e 1930, ou retrocedendo aos livros dos viajantes europeus, que aqui aportaram nos séculos XVII e XVIII, ou mesmo voltando ao texto inaugural, a carta de Pero Vaz de Caminha para el Rey do Império português, os corpos ganham destaque a partir de um olhar que sensualiza as formas, erotiza os gestos, mas também classifica, normatiza e condena. É assim que as “índias nuas” se tornam próximas da “moura encantada” em Freyre, libidinosas, excitáveis e prontas a entregarem-se aos colonizadores portugueses, segundo Prado, em meio à promiscuidade sexual reinante no período colonial, participando como figuras centrais de representações misóginas repetidas por décadas a fio.Diante desse quadro mórbido e assustador, a preocupação com o “saneamento da raça” e com a produção de um povo higiênico, saudável, limpo e belo emerge especialmente nos textos dos médicos e juristas, desde o século XIX e adquire toda a centralidade nas discussões dos eugenistas. A tal ponto que Renato Kehl, principal expoente da eugenia no Brasil, publica um longo volume intitulado A cura da fealdade, em 1923, preocupado com as aparências de um povo que, aos seus olhos, parecia muito feio.A perplexidade que esse texto produz, principalmente ao se considerar o prestígio atual das belíssimas modelos brasileiras em todo o mundo levou a historiadora Maria Bernadete Ramos Flores, professora titular do Departamento de História da Universidade Federal de Santa Catarina, a percorrer minuciosamente os estranhos caminhos das discussões tecidas pelos homens e mulheres cultos, no Brasil, desde o século XIX, referenciados pelas teorias racistas europeias. O resultado é um denso e elaborado estudo intitulado “Tecnologia e estética do racismo. Ciência e arte na política da beleza”, que vem a público numa edição cuidadosa, pela Editora Argos.Na política racista de domesticação dos corpos e produção de indivíduos belos, mostra a autora, o desenvolvimento científico e tecnológico se alia às projeções artísticas inspiradas desde a Grécia antiga. Historiadora perspicaz, Maria Bernadete evidencia como o culto ao corpo belo dos antigos é apropriado e subvertido na Modernidade, tornando-se sujeição aos padrões dominantes de existir, da aparência à subjetividade. Pedagogia dos corpos, educação dos sentidos, autocontrole e pouca expressividade emocional são temas que constituem um amplo repertório das práticas da dominação. Leitora de Michel Foucault, para além de outras importantes referências filosóficas, a autora mostra como, para além das mentes, o poder incide sobre os corpos, os gestos e as individualidades, ameaçando capturar a própria vida.Desde a primeira parte do livro, intitulada “Ciência e Arte na Política da Beleza”, passando por “A questão sexual” e “A Invenção da Raça”, terceira e quarta partes, é a beleza do corpo que está em jogo. Mas de que beleza se trata? Que políticas se constituem para atingir esse ideal que se quer eterno e universal e que, não obstante, a autora demonstra sobejamente ser histórico? Os tratados de sexologia de médicos como o Dr. Hernani de Irajá, autor de “Morphologia da Mulher. A Plástica Feminina no Brasil”, em 4ª edição, em 1937 (p. 104), e “Sexo e Beleza” (p. 109), por exemplo, discutem a fisiologia do corpo feminino, informam sobre as necessidades sexuais masculinas e condenam a prostituição e a homossexualidade, revelando um medo atávico da degenerescência física e moral. Maria Bernadete examina minuciosa e ironicamente a obra científica e artística desse médico – que é também pintor e que, como tal, se diz contrário a toda expressão das vanguardas artísticas –, revelando que o ideal de beleza feminina expresso numa e noutra não se diferencia, atravessado pelos mesmos preconceitos e pelo mesmo regime de verdades e valores morais.Trabalhando com a categoria feminista do gênero, a autora não se restringe às questões femininas. Nesse sentido, destaca como, obcecados com a higienização de todo o povo brasileiro, com o branqueamento da raça e com a domesticação das mulheres, os doutores também definem o corpo masculino belo, enquanto estigmatizam o seu oposto, o do homem pobre, feio e “preguiçoso”. Assim, “anormais” masculinos ou femininos passam a habitar inúmeras páginas desse livro, através dos discursos das elites, polarizando com os ideais de pureza e limpeza. Autoritárias, estas entendem que embelezar toda uma população implica corrigir e adestrar os diferentes, para torná-los um todo homogêneo e coeso à imagem do Homem. Como afirma Kehl: “O homem capaz de talhar no mármore a Vênus, é capaz também de moldar plasticamente toda a humanidade.” (p. 62).O que se quer como melhoria do povo resulta em pedagogia totalitária da população, em biopolíticas, pode-se acrescentar. Em sua ficção de 1945, intitulada “O presidente negro ou o choque das raças – Romance Americano do ano 2228”, Monteiro Lobato propõe a esterilização dos negros como método radical para branquear a raça, entendendo como possível “o conserto do mundo pela eugenia”, como nos mostra a autora (p. 410). “Se a cultura deriva da raça e do meio, ou vice-versa, é inútil esta natureza dionisíaca brasileira, já que falta ao Jeca a disciplina apolínea para criar a vida, a arte, a cultura, o progresso, a técnica, o pensamento racional”, parafraseia ela, ironizando o discurso masculino racista.Lobato, porém, não é exceção à regra. Nem mesmo o feminismo liberal entra em dissonância com esse ideário nacionalista e racista. Em 1929, a utopia da advogada e escritora paulista, Adalzira Bittencourt, apresentada em seu romance “Sua Excia: a presidente da república no ano de 2500”, imagina um Brasil grandioso, moderno, racionalmente organizado, branco e asséptico. Governado por uma mulher, não é menos autoritário e racista, como deixa bem claro a historiadora que, sem abandonar o feminismo, não faz concessões em suas críticas contundentes. Nesse país imaginário, em que as mulheres estariam no poder, sem deixar de cumprir a “sagrada” missão materna, os negros seriam devolvidos à África e a pobreza seria eliminada, tanto quanto a feiúra: “A estética tomou conta de tudo! Toda feiúra fora removida! Não só as pessoas se tornaram belas. As cidades eram as mais modernas do mundo, sob a atuação das engenheiras”, ironiza a autora à página 415.Livro erudito, investiga com cuidado cada tema, por sua vez, desdobrado em múltiplas temáticas e referências que enriquecem em grande parte a produção que se vem realizando no interior da História Cultural. Menos voltada para a análise das lutas sociais entre as classes, essa historiografia introduz novos temas e permite novas abordagens, descortinando as manifestações do poder lá onde menos se espera, nas práticas discursivas, no corpo, na sexualidade, nos sonhos ou nas fantasias.A leitura desse excelente trabalho nos leva a perguntar pelas razões históricas de tanto incômodo diante da feiura, tanto quanto sugere um estranhamento pelo modo como a beleza foi naturalizada e associada a ideais autoritários, racistas e eugênicos, tão distantes daquilo que valorizavam os antigos gregos e romanos. Talvez se possa dizer que se trata aqui de uma história do impossível, se perguntarmos como tudo isso foi possível, como essas concepções tão excludentes e hierarquizadoras ganharam crédito e tornaram-se hegemônicas em toda, ou quase toda a sociedade, repetidas como verdades, sem maiores questionamentos.E mais, leva-nos a perguntar pela sua continuidade e desdobramentos em nossos dias, quando a “ditadura do corpo e da beleza” deixa de atingir apenas as mulheres, exigindo esbeltez, agilidade, flexibilidade e adequação aos novos padrões estéticos também dos homens, heterossexuais, gays, negros, brancos, orientais, jovens e velhos. O crescimento das academias de ginástica, dos programas de body health, das dietas e receitas de reeducação alimentar e da cirurgia plástica estão aí, mostrando que o espaço público se torna uma grande passarela, onde a exigência número um para a aceitação e o sucesso é a própria expressão corporal. Mais uma volta no parafuso?Margareth RagoHistoriadora – UNICAMP
Sylvia Molloy nasceu em Buenos Aires, mas reside há décadas nos Estados Unidos, onde é professora emérita da New York University. Sua brilhante trajetória acadêmica inclui ainda a docência na Princeton University e na Université de Paris, assim como sua atuação como professora de literatura hispano-americana na Yale University. O trabalho de maior responsabilidade de Sylvia Molloy foi o de articular a literatura à ética, pelos elementos autorreflexivos que fazem a graça e a perdição do texto autobiográfico. Sua escrita é o meio pelo qual descreve elementos como lembrança, ficção e autorretrato. “Vale o escrito” enaltece a escrita, descrevendo e retratando a produção literária hispano-americana como autobiografia.